Uma das minhas manias prediletas é ficar em casa nos finais de semana, sossegada, em família, assistindo a um bom dvd. Pois então, neste final de semana assisti "My life without me" (Minha vida sem mim), sem contar que a produção é do ótimo Pedro Almodóvar e tem a presença do também ótimo ator Mark Ruffalo. Aliás, esse, sem comentários, é daqueles que dá vontade de ninar no colo, e neste filme ele está melhor do que nunca, mesmo que a maior parte do tempo fique calado, a sua interpretação é ótima.
Bom, mas a história a que me refiro, recebeu muitas críticas pelo egoísmo da personagem principal Ann (Sarah Polley) por esconder de todos a sua doença. Puxa vida, uma menina que tem uma mãe perturbada, um pai presidiário, que vive num trailler apertado com duas filhas lindas e um marido amoroso, que, para sustentar a casa trabalha como faxineira à noite em uma Universidade, será que não tem o direito de viver ela própria a dor de sua doença?
Sinceramente, foi o primeiro filme do gênero drama/romance em que não chorei, não derramei uma lágrima, pois sorvi a história. Ela é bela, comovente, mas nem por isso piegas. A decisão de Ann é bela e corajosa; não é egoísta, pois o que ela faz é em prol da felicidade de todos os que a rodeiam. O único que se pode dizer realmente sofreu a perda de Ann é Lee (Ruffalo), porém o relacionamento dos dois foi intenso e ele soube tirar lições do que aconteceu entre eles.
A personagem não se autocomiserou, mas luta pela felicidade dos que a amam e que ela também ama.
É uma ótima pedida assistir a este filme. Ele é questionador, ao mesmo tempo que nos mostra como a nossa vida é frágil e que devemos vivê-la intensamente enquando pudermos. Fazermos aquilo que desejamos sem atingir e magoar os outros. E mostrar que nem sempre o nosso sofrimento interno tem significado para quem está ao nosso redor. Afinal, queremos ser amados ou que tenham pena de nós? Eu opto pelo primeiro. Faria tudo igual. Amei o filme.
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